
A Caixa Econômica Federal já colocou em vigor os financiamentos do novo segmento do Minha Casa, Minha Vida para a classe média, com teto de imóvel de R$ 500.00,00 e atendendo famílias com renda mensal bruta entre R$ 8.600,01 e R$ 12.000,00.
A nova faixa foi criada com o objetivo de atender a uma demanda reprimida de trabalhadores formais, autônomos e profissionais liberais que não se encaixavam nas faixas anteriores e enfrentavam dificuldades para financiar a casa própria, principalmente devido à escassez de recursos no SBPE e a consequente diminuição nos percentuais de financiamento dessa modalidade.
Entenda a nova Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida
A Faixa 4 possibilita o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com juros nominais que variam de 10% a 10,5% ao ano e prazo de pagamento de até 420 meses (35 anos). Além disso, os compradores podem utilizar o FGTS para amortizar, dar entrada ou até quitar o imóvel, dependendo do caso.
Essa taxa de juros nominal em tempos de Selic elevada representa um juros efetivo negativo quando se comparado à taxa básica da economia, sendo uma opção extremamente atrativa para o adquirente.
A divisão atual do MCMV por faixa de renda é a seguinte:
Faixa 1: até R$ 2.850,00.
Faixa 2: de R$ 2.850,01 até R$ 4.700,00.
Faixa 3: de R$ 4.700,01 até R$ 8.000,00.
Até o Faixa 3 o teto do valor de imóvel continua sendo de R$ 350.000,00.
Faixa 4: R$ 8.600,01 até R$ 12.000,00
Condições de financiamento na nova faixa
A Caixa Econômica Federal, agente financeiro exclusivo do programa, já iniciou as contratações para essa nova modalidade e atualizou ontem (13/05/2025) o seu simulador online para comportar a nova modalidade. Os recursos dessa nova modalidade está amparado em um mix de fundings, sendo principalmente composto por recursos do próprio FGTS.
O financiamento cobre até 80% do valor do imóvel novo e, no caso de imóveis usados, o percentual varia: 60% nas regiões Sul e Sudeste e 80% nas demais regiões..
Nova faixa estimula formalização e fortalece economia
A exigência de comprovação de renda incentiva a formalização de profissionais autônomos e o uso de instrumentos como o Carnê-Leão e a Declaração de Imposto de Renda. Além disso, a possibilidade de aquisição de imóveis de maior valor deve impulsionar o setor da construção civil, com aumento da demanda por obras e reformas.
Pontos de atenção antes de contratar
Embora a nova faixa represente um avanço, é preciso ficar atento a algumas limitações:
- O imóvel deve estar avaliado em até R$ 500 mil (vale o preço de avaliação da engenharia da Caixa e não o valor de venda);
- Famílias que já possuem imóvel residencial não podem aderir;
- Para se financiar perto desse teto, a renda mínima exigida pode ultrapassar R$ 11 mil, o que restringe parte da classe média não formalizada.
